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   Programa de extensão da Faculdade de Farmácia da UFRJ produz álcool 70 para as unidades hospitalares

 

   Por Ana Clara Galante

   27/03/2020

 

 Foto farmacia

Viva a Ciência! Viva a UFRJ! A Farmácia Universitária (FU), programa de extensão da Faculdade de Farmácia da UFRJ, está preparando o álcool em gel e o álcool 70% em suas dependências. 

Os produtos são distribuídos para as diversas unidades de saúde da UFRJ, como o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e o Centro de Vacinação de Adultos (CVA) da Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador, vinculado à Pró-Reitoria de Pessoal.  

A higienização das mãos e superfícies é essencial para o combate ao novo Coronavírus. Por esse motivo, o álcool em gel, o álcool 70 e a água e o sabão são aliados eficazes para a prevenção da Covid-19. 

Segundo a professora e coordenadora Elisabete Pereira, esta semana já foram produzidos 70 litros de álcool a 70% e 50 litros de álcool em gel para as unidades hospitalares. “Pretendemos produzir essa quantidade semanalmente. Essa é a capacidade da nossa planta produtiva. A Farmácia Universitária já produzia esses produtos normalmente, porém não nessas quantidades”, afirma.

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Além disso, o programa realiza a manipulação de alguns medicamentos, entre eles, as cápsulas de Hidroxicloroquina, usadas para tratar doenças crônicas como Lúpus e Artrite. Os remédios são disponibilizados para a Fiocruz e para os pacientes que já são cadastrados na FU e não podem parar seu tratamento. 

Por conta das determinações de combate ao novo Coronavírus, a Farmácia teve que suspender temporariamente o atendimento e a venda de medicamentos para os pacientes. No momento, o projeto está realizando apenas atividades voltadas para o enfrentamento da pandemia. 

Cintia dos Santos é paciente do programa a mais de 2 anos e faz o uso da Hidroxicloroquina mensalmente para o tratamento do Lúpus. “Eu compro sempre na Farmácia Universitária, mas neste momento de crise eu não estou encontrando em farmácias tradicionais nem na própria FU, porque está fechada. Isso está sendo um prejuízo muito grande para nós que somos portadores de doenças crônicas. Nós necessitamos da medicação”, aponta. 

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A Farmácia Universitária, atuante desde 1986, conta com uma equipe de 28 pessoas composta por farmacêuticos, professores e técnicos. Os funcionários do grupo de risco e alunos que fazem parte do programa estão afastados das atividades presenciais.  

 A professora Elisabete ressalta: “Nossa motivação foi ajudar dentro da nossa capacidade as unidades hospitalares neste momento de crise. Estamos produzindo somente uma vez por semana, porque nosso ‘staff’ está reduzido, pois vários funcionários e docentes que atuam na nossa farmácia se enquadram no grupo de risco. 

 

 Projeto de extensão da UFRJ incentiva meninas de escolas públicas municipais a seguirem carreira nas ciências exatas

 

 

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Por Ana Luiza Oliveira

20/03/2020

 

No mês mundialmente dedicado às mulheres, o primeiro grupo a sequenciar o genoma do Coronavírus foi formado majoritariamente por mulheres. As brasileiras da USP, assim como mulheres de todo o mundo, mostram sua contribuição na pesquisa e inspiram outras mulheres a ocupar espaços de conhecimento na sociedade. Na UFRJ, o projeto de Extensão “Meninas na Química: Encorajando mulheres a mudarem o mundo” se aliou à luta pela promoção da equidade de gênero na ciência. 

 

Apesar de muitas mulheres participarem ativamente da Ciência, historicamente, essa área foi construída como um ambiente de domínio masculino, na qual muitas vezes as contribuições femininas acabam esquecidas. Como forma de incentivar a participação das mulheres e meninas em todas as áreas do saber, apelidado de “It Girls da Ciência”, a extensão ganhou esse apelido por introduzir meninas na química para influenciar. O objetivo é incentivar alunas de escolas públicas a fazerem ciência. “A ideia original do projeto é que possamos ser mulheres inspiradoras na vida de outras mulheres”, afirmou Juliana Milanez, professora e coordenadora do projeto.

 

WhatsApp Image 2020 03 13 at 12.50.51Ludmila Assis, de 20 anos, é aluna de graduação em Química na UFRJ-Macaé e extensionista no projeto. Para ela, a extensão é uma oportunidade de ter um contato prático com a profissão de educadora e inspirar outras meninas a gostarem de ciência. “Sendo uma ‘it girl’ eu sinto uma responsabilidade enorme de poder mudar pelo menos um pouco a visão de cada menina ali e do que elas esperam para o futuro”, disse Ludmila. 

 

Reunindo-se uma vez por semana no campus UFRJ-Macaé, o grupo It Girls da Ciência participa de aulas práticas e teóricas que giram em torno do contexto da água e da educação ambiental. Sobre isso, Juliana explica: “essa questão da água surge porque Macaé tem uma dificuldade: nem todo mundo tem acesso à água de qualidade no município. Então a gente fala desde a parte química, físico-química, até a parte de tratamento e de uso cotidiano. Passamos por vários experimentos envolvendo a temática água.” 

 

Por muitos anos, o protagonismo feminino foi restrito à áreas relacionadas aos cuidados ou trabalhos domésticos, os homens eram uma maioria esmagadora em muitos ambientes. Hoje, as mulheres já chegaram às reitorias universitárias, à presidência da República,  à coordenadoria geral da Força Nacional, e até conquistaram prêmios renomados como o Nobel de Química. Esse avanço significativo mostra que a luta para ocupar certos espaços tem tido êxito. “Eu vejo como uma contribuição para a ciência tendo mais mulheres para esse meio acadêmico, a gente pode consequentemente ir quebrando os estereótipos machistas”, afirma a extensionista Ludmila. 

 

No projeto de extensão, além das atividades científicas, as alunas também são incentivadas a narrarem suas experiências para que os relatos possam despertar em outras meninas o interesse pela ciência. “A gente incentiva que elas falem e escrevam a respeito das vivências que elas estão tendo, para que elas construam a sua própria história nessa vivência”, declarou a Coordenadora. 

 

Para o bom funcionamento do projeto, a equipe, que conta com cinco docentes e duas alunas extensionistas de graduação, se reúne durante dois meses para pensar e construir as atividades a serem executadas com as meninas das escolas. A extensão retoma as atuação em abril, quando recebe mais cinco ou seis meninas de uma outra escola do município de Macaé. A parte mais interessante desse retorno é que as alunas mais antigas do projeto vão executar atividades com as alunas novas, vestindo verdadeiramente a camisa do que é ser uma It girl.

 

As duas, tanto Ludmila quanto Juliana, já colhem frutos do bom trabalho feito com essas meninas. Elas afirmam que algumas alunas melhoraram o desempenho escolar nas disciplinas exatas e já demonstram o interesse pelo ambiente físico universitário: “isso traz para gente uma ponta de esperança e de certeza de que projetos dessa natureza, que são bem intencionados e bem executados, tem o poder de diminuir desigualdades educacionais e de gênero”, declarou a coordenadora. 

Projeto inovador da UFRJ promove educação e inclusão para a comunidade trans 

 

Visibilidade Trans

 

Por Ana Luiza Oliveira

31/01/2020

 

Transformação das forças produtivas sociais: esse é o lema do curso de extensão Transgarçonne. O Brasil é o país que mais mata pessoas transexuais no mundo, conforme mostra o último relatório da Transgender Europe (TGEU), publicado em 2018. A expectativa de vida dessa população, atualmente, é de aproximadamente 35 anos. Buscando promover o respeito e democratizar o acesso de pessoas trans à universidade pública, o curso de extensão atua como uma ferramenta de inclusão social através da educação.

 

Idealizado pelos professores de gastronomia Renato Augusto Monteiro e Breno Cruz, o curso de qualificação prepara profissionais para atuar no mercado de Gastronomia - especificamente na sub-área de café, bares e bebidas -, e tem como público alvo a população trans.

 

“Quando a gente analisa a estatística, podemos observar que grande parte desse público não está inserido no mercado de trabalho formal. Sendo assim, a gente busca, com o curso de qualificação, aumentar o potencial de empregabilidade dessas pessoas”, afirmou Renato Augusto, professor e coordenador do projeto.

 

Atualmente, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (ANTRA), apenas 4% das pessoas trans são empregadas formalmente. Para garantir que os alunos tenham de fato oportunidade de ingressar no trabalho formal ao concluir o curso, o projeto firmou algumas parcerias: a ONG Casinha, o Nuvidiversis da Defensoria Pública do Estado do RJ, o Three Monkeys Beer, a Alastra Aventais e o Grupo Trigo - este é o parceiro mais recente, que abriu duas vagas de estágio para pessoas trans após conversar com o Transgarçonne. 

   aula prática do projeto Transgarçonne Foto: Acervo pessoal

 

Nem sempre a academia foi um ambiente diverso. Esta é a primeira vez que a UFRJ oferece esse tipo de curso de extensão. O projeto possui carga horária de 54 horas e é dividido em aulas teóricas, aplicadas dentro de sala de aula, e teórico-práticas, ministradas no laboratório do Instituto de Nutrição da UFRJ.  

 

Especialmente para os estudantes da graduação que desejam atuar na extensão, Renato destaca: “estamos no momento de ampliar nossa equipe para outros cursos da UFRJ, todos os alunos que se interessem pela temática, independente do curso, podem se inscrever e serão bem-vindos no projeto.”  

 

O curso, aberto a toda comunidade trans de dentro e fora da UFRJ, é também uma chance de receber na universidade  pessoas que ainda não tiveram oportunidade de ingressar na carreira acadêmica. Dentre os critérios de seleção, é avaliada a condição social e trabalhista do candidato.

 

 

 

“A possibilidade de unir a necessidade de visibilidade e a militância com a gastronomia, e ver que outras pessoas também pensavam nesse mesmo sentido, fez crescer muito mais em mim a vontade de participar”, conta Marianna Costa, aluna de Gastronomia e extensionista no projeto. 

 

Como os níveis de evasão escolar na comunidade trans são altos, em 2019 - ano em que se iniciou o projeto - o curso recebeu algumas pessoas que haviam abandonado a escola antes de concluir o Ensino Médio. Na visão de Marianna, o projeto expande uma rede de esperança que cria uma sensação de pertencimento.

 

“Quando uma pessoa que não tem muita esperança vê um projeto que está dando certo, dando retorno, isso dá esperança para ela também. A ideia é expandir essa rede cada vez mais”, afirma. 

 

A previsão dos coordenadores para abertura de novas vagas é para o segundo semestre de 2020. No entanto, ainda que as aulas da primeira turma tenham encerrado, os extensionistas, coordenadores e ex-alunos do projeto mantém um grupo no whatsapp no qual são repassadas informações sobre vagas, workshops e outros projetos destinados às pessoas trans. 

 

- Através desse grupo, a gente acaba alimentando e fortalecendo o laço com eles - afirmou Marianna. - As aulas terminam, mas nosso trabalho com eles continua. 

 

Equipe organizadora da 11ª Edição do Encontro Sabores e Saberes

 

Por Elizabeth Accioly*

 

A 11ª edição do Encontro Sabores e Saberes, ocorrida entre os dias 12 e 13 de setembro e promovido pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC) e pela Agência UFRJ de Inovação, teve como tema central em 2019 “Do campo à mesa: orgânicos, agrotóxicos e tecnologias na produção de alimentos”. O evento ocorre anualmente, desde 2009, e tem como escopo o debate sobre temas como alimentação, meio ambiente e sustentabilidade.

 

Aumentar a produtividade da agricultura e torná-la menos dependente de insumos químicos são alguns dos principais desafios que o setor enfrentará para tornar a produção de alimentos mais sustentável, exigindo da ciência propostas de novas tecnologias e caminhos para a conciliação entre agricultura e proteção ambiental. O Encontro ofereceu atividades pré-evento no dia 11/09: oficina culinária sobre alimentação vegetariana e visita guiada ao espaço Ocupação Verde do projeto Capim Limão, no campus Fundão.

 

No dia 12 de setembro, após a mesa de abertura, que contou com a presença da Assessora Especial da Pró-Reitoria de Extensão, Prof.ª Ana Inês Sousa, representando a Pró-Reitora, Prof.ª Ivana Bentes; da diretora do INJC, profa Avany Fernandes; da Coordenadora da agência UFRJ de Inovação; da representante discente e membro da rede de agroecologia da UFRJ, Marina Pellegrini e do agricultor da feira agroecológica da UFRJ Domingos Benevides, foi iniciada a programação científica.

 

Oficina de Culinária - Alimentação VegetarianaA mesa redonda “Agrotóxicos- aspectos técnicos e impactos sobre a saúde humana” abordou questões relacionadas às características dos agrotóxicos, os impactos sobre a saúde do agricultor e os efeitos desses produtos químicos sobre a saúde materno-infantil. Ainda no dia 12, a mesa sob o título “Relato de Experiências” revelou vivências sobre as feiras orgânicas no RJ, restaurantes orgânicos, agricultura urbana e sobre esforços para mudar a cultura de produção de alimentos pela educação.

 

 

No dia 13, a conferência “O uso da tecnologia na produção de alimentos”, tratou dos avanços da ciência na área de tecnologia alimentar e os desafios na produção de alimentos seguros para o consumo humano. O evento contou, também, com as exposições “Tenda da Felicidade” na qual foi apresentada aos visitantes uma simulação da produção de refrigerante para demonstrar o tipo e quantidade de açúcar e outros ingredientes; a tenda da rotulagem, que enfatizou a importância da leitura e compreensão dos rótulos de alimentos e a oficina “Os mistérios da extração do café”, atividade do projeto de Extensão "Transgarçonne" na qual os visitantes puderam conhecer diferentes tipos de grãos de café e saborear a bebida preparada com grãos orgânicos. 

 

O evento teve, também, seção de apresentação de trabalhos, na modalidade pôster, com um total de 49 trabalhos aprovados para exposição e apresentação à comissão científica do Encontro e 4 trabalhos premiados com menção honrosa.

 

Visita guiada ao espaço Ocupação VerdeAo Encontro Sabores e Saberes, desde sua criação, integra-se a feira agroecológica, que reúne produtores da agricultura familiar e cooperativas de artesanato produzido de forma sustentável que, habitualmente, expõem seus produtos às  quintas-feiras, no prédio do Centro de Ciências da Saúde e em outros pontos da Cidade Universitária.

 

A equipe organizadora foi composta por docentes e alunos dos cursos de Nutrição e Gastronomia do INJC e uma aluna do curso de Ciências Biológicas, além de um representante da Agência UFRJ de Inovação e um representante do Sistema de Alimentação da UFRJ.

O Saobres e Saberes foi contemplado pelo edital PROFAEX 2019/PR5, com concessão de bolsas evento, recebeu o apoio da Coordenadoria de Comunicação- COORDCOM UFRJ para a produção da identidade visual e concepção das peças de divulgação do Encontro, da Diretoria de Acessibilidade- DIRAC/UFRJ, que disponibilizou profissionais para tradução/interpretação de língua de sinais e da Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças/PR3.



O vídeo do evento pode ser encontrado no canal You Tube, acessando o link https://www.youtube.com/watch?v=U1b8J4Z563M 

 

* Professora Associada do Instituto de Nutrição Josué de Castro

 

Fotos: INJC

 


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